sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

(em frente à Maternidade Alfredo da Costa)

Naquela longa espera, arrancava com o carro caso soubesse guiar. Mas iria para onde?
Deixava-se estar à espera, o melhor é estar quieto.
Tudo o deixava quieto. Inquieto.

Movia-se, decidido a mudar o que o apoquentava.
Movia-se, decidido a mudar o
Mundo.

Andava,
numa romaria transcendental,
numa concha,
num

minuto.
Andava?
Movia-se decidido a mudar o
Mundo.
Por isso esperava.
Esperava.

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Rua Carvalho Araújo.
Largo Medina qualquer coisa.
Prédio azul com varanda.

Meninas novas
descem.
Velhas seguem
atrás.

Um homem come um pão.
Pombos.
Segways.

Rapazes novos a subir.
3 senhoras a falar.
Skate.

Cabos eletricos cruzam os céus de Lisboa.
Antenas parabólicas.
Monovolumes.
Pessoas.

Tinhas as floreiras nos olhos quando olhavas minhas janelas. Ao abrir as portadas lá estavas tu com o Sol a bater-te na cara.

Amei-te.